Internautas: Duvidas
Proctologista:
Dr. Paulo Branco
A razão
principal que me levou a acrescentar este guia educativo no meu site foi a
minha constatação ao longo destes anos da carência de informação clara,
sincera, ética e desprovida de homofobia pelo publico GLBT em qualquer
biblioteca de pesquisa ou locais onde se comercializem livros. Juntei todas as
duvidas dos leitores, matérias para revistas, perguntas e respostas para o meu
site, sites GLBT, livro manual da saúde gay, blog, MSN e coloquei no guia com o
objetivo de fazer da sua leitura a mais saudável possível. Você poderá enviar a
sua pergunta o e-mail, blog, MSN e adquirir o livro Manual do Amor Gay em PDF .
Onde
encontrar informações e tirar as suas dúvidas sobre saúde com o Dr. Paulo
Branco:
Livro: Manual
da Saúde GLBT
Site: www.medicinaintegrada.med.br
Blog da saúde
gay: Leia as matérias do blog, são muitas e com informações importantes para
colocar a sua saúde em dia.
Blog da saúde
dos travestis
You tube: É o
único vídeo medico no you tube que aborda de forma clara e educativa diferentes
temas afins com a saúde GLBT.
MSN: Destino
um tempo on line para tirar duvidas e discutir diferentes temas com os
internautas.
Leia e faça
as suas reflexões sobre as perguntas, respostas, matérias, informações e
entrevistas inclusas no guia: Boa leitura e retenha as informações:
Admirado por profissionais do
meio médico, referência entre acadêmicos e gays que buscam informações sobre
saúde, o Dr. Paulo Branco há 25 anos se dedica à medicina e nos últimos tem se
mostrado um destaque na saúde de homossexuais, desenvolvendo um trabalho de
qualidade no atendimento e no entendimento das especificidades desta população.
Formado em medicina da UFPA e mestre em gastroenterologia, Branco se
especializou em proctologia e ministra cursos e palestras sobre o assunto. Além
disso, possui colunas nas quais responde sobre dúvidas em diversos sites para
gays como Mix Brasil, Casa da Maite e na G Magazine, onde colabora há meia
década. De São Paulo, onde mora, o médico respondeu nossas perguntas que foram
um pouco diferentes da que fazem para ele em suas colunas.
Quando o Dr. resolveu trabalhar com o público gay?
Dr. Paulo Branco - Já exercia a Proctologia há alguns anos e resolvi estudar sobre o uso do Laser nesta especialidade e comecei a aplicá-lo no tratamento das afecções anais. Um dia, eu estava em uma banca de revista e o jogador de futebol Vampeta pousou para a revista G magazine. Eu olhei para a capa, li os temas e notei que não havia nenhum item relacionado à saúde deste público. Falei para o rapaz da banca colocar dentro de uma caixa todas s revistas voltadas para o público G, e ele respondeu que só havia a G Magazine. A avalanche destas revistas nas bancas ocorreu recentemente e se você observar o numero de profissionais da saúde que anunciam ou escrevem é quase zero.
Quando o Dr. resolveu trabalhar com o público gay?
Dr. Paulo Branco - Já exercia a Proctologia há alguns anos e resolvi estudar sobre o uso do Laser nesta especialidade e comecei a aplicá-lo no tratamento das afecções anais. Um dia, eu estava em uma banca de revista e o jogador de futebol Vampeta pousou para a revista G magazine. Eu olhei para a capa, li os temas e notei que não havia nenhum item relacionado à saúde deste público. Falei para o rapaz da banca colocar dentro de uma caixa todas s revistas voltadas para o público G, e ele respondeu que só havia a G Magazine. A avalanche destas revistas nas bancas ocorreu recentemente e se você observar o numero de profissionais da saúde que anunciam ou escrevem é quase zero.
-No início, houve algum
preconceito por parte dos outros médicos?
Não há preconceito e sim um respeito misturado a curiosidade pelo meu trabalho com o público gay. Os médicos têm a curiosidade de saber sobre a forma ou tipo de linguagem ou diálogo na minha rotina de consultório. O que eu observo é que há uma dificuldade em encontrar um dialogo aberto, claro e ético do médico com os gays e principalmente com o casal gay.
Não há preconceito e sim um respeito misturado a curiosidade pelo meu trabalho com o público gay. Os médicos têm a curiosidade de saber sobre a forma ou tipo de linguagem ou diálogo na minha rotina de consultório. O que eu observo é que há uma dificuldade em encontrar um dialogo aberto, claro e ético do médico com os gays e principalmente com o casal gay.
-Tem muito médico homofóbico?
A sociedade parece ter uma tendência heterossexista e homofóbica que poderá ser ilustrado por um fato ocorrido comigo. Fui convidado para fazer a proctologia com laser em uma clínica. Estava tudo certo e na reunião final um médico sugeriu que eu tivesse uma sala separada para os meus clientes. Eu perguntei o porquê da sala e ele me respondeu que soube que eu atendia o público G e ele não queria ver na mesma sala os seus pacientes misturados aos meus e mais que ele era católico. Eu levantei, o cumprimentei e falei que respeitava, porém não aceitava a sua posição homofóbica.
A sociedade parece ter uma tendência heterossexista e homofóbica que poderá ser ilustrado por um fato ocorrido comigo. Fui convidado para fazer a proctologia com laser em uma clínica. Estava tudo certo e na reunião final um médico sugeriu que eu tivesse uma sala separada para os meus clientes. Eu perguntei o porquê da sala e ele me respondeu que soube que eu atendia o público G e ele não queria ver na mesma sala os seus pacientes misturados aos meus e mais que ele era católico. Eu levantei, o cumprimentei e falei que respeitava, porém não aceitava a sua posição homofóbica.
-Qual a diferença, para o
médico, do paciente homo e do hétero?
Eu atendo muitos pacientes gays que se queixam que não conseguiram colocar para o médico a sua vida como ela é. Parece haver uma barreira cerebral do médico em compreender e entender a vida homossexual e ele conversa com o paciente como se ali estivesse um heterossexual, não dando a menor chance do paciente falar do seu eu. Até agora não entendi se é uma sublimação ou negação que ocorre com o profissional.
Eu atendo muitos pacientes gays que se queixam que não conseguiram colocar para o médico a sua vida como ela é. Parece haver uma barreira cerebral do médico em compreender e entender a vida homossexual e ele conversa com o paciente como se ali estivesse um heterossexual, não dando a menor chance do paciente falar do seu eu. Até agora não entendi se é uma sublimação ou negação que ocorre com o profissional.
-É importante o homossexual
contar ao médico que é homossexual? Em quais casos?
É de importância crucial um diálogo aberto e claro sobre a vida sexual do paciente, principalmente para o diagnóstico das doenças sexualmente transmissíveis, que podem envolver o parceiro. Não tem como um médico diagnosticar uma DST como, por exemplo, o HPV sem conversar claramente com o paciente. É incrível o número de pacientes que mesmo sendo homossexuais assumidos não conseguiram se abrir com os seus médicos, porque não houve abertura ou por vergonha mesmo.
É de importância crucial um diálogo aberto e claro sobre a vida sexual do paciente, principalmente para o diagnóstico das doenças sexualmente transmissíveis, que podem envolver o parceiro. Não tem como um médico diagnosticar uma DST como, por exemplo, o HPV sem conversar claramente com o paciente. É incrível o número de pacientes que mesmo sendo homossexuais assumidos não conseguiram se abrir com os seus médicos, porque não houve abertura ou por vergonha mesmo.
-Quais as principais
enfermidades que atingem homossexuais e por quê?
As pessoas de um modo geral acham que os gays têm mais doenças anais que a população geral, principalmente as proctológicas, como as hemorróidas, por vincularem com a penetração uma relação direta de causa e efeito com as doenças, o que sabidamente é uma mentira preconceituosa. Somente os gays promíscuos apresentam uma maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis, como HPV, gonorréia que a população geral. Na minha experiência das doenças sexualmente transmissíveis, que acometem o homossexual, o HPV (verrugas) foi a mais freqüente e das proctológicas a hemorróida, seguida da fissura anal.
-Há quanto tempo o senhor tem colunas voltadas ao público homossexual? Qual a quantidade de e-mails que o Sr. responde?
As colunas há sete anos, os e-mail, MSN e blog não os quantifiquei, porém respondo todos os dias do Brasil e exterior.
As pessoas de um modo geral acham que os gays têm mais doenças anais que a população geral, principalmente as proctológicas, como as hemorróidas, por vincularem com a penetração uma relação direta de causa e efeito com as doenças, o que sabidamente é uma mentira preconceituosa. Somente os gays promíscuos apresentam uma maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis, como HPV, gonorréia que a população geral. Na minha experiência das doenças sexualmente transmissíveis, que acometem o homossexual, o HPV (verrugas) foi a mais freqüente e das proctológicas a hemorróida, seguida da fissura anal.
-Há quanto tempo o senhor tem colunas voltadas ao público homossexual? Qual a quantidade de e-mails que o Sr. responde?
As colunas há sete anos, os e-mail, MSN e blog não os quantifiquei, porém respondo todos os dias do Brasil e exterior.
-Quais as maiores dúvidas dos
gays quanto à saúde?
As dúvidas mais freqüentes estão relacionadas à lavagem ou limpeza anal antes da relação, complicações da relação anal, DST, dildos e hemorróidas.
-Há outros médicos especializados, se podemos assim dizer, em homossexuais, no Brasil? Quem?
Não há especialização e sim uma forma linearmente igual de atender o ser humano, sem raça, regras, credos e preferências. O que acontece é que eu me dedico estudando, escrevendo, esclarecendo dúvidas que o publico GLBT não têm onde esclarecer, obtem um livro em PDF ( Manual da Saúde Gay ), e nisso eu acredito ser o único com esta dedicação.
As dúvidas mais freqüentes estão relacionadas à lavagem ou limpeza anal antes da relação, complicações da relação anal, DST, dildos e hemorróidas.
-Há outros médicos especializados, se podemos assim dizer, em homossexuais, no Brasil? Quem?
Não há especialização e sim uma forma linearmente igual de atender o ser humano, sem raça, regras, credos e preferências. O que acontece é que eu me dedico estudando, escrevendo, esclarecendo dúvidas que o publico GLBT não têm onde esclarecer, obtem um livro em PDF ( Manual da Saúde Gay ), e nisso eu acredito ser o único com esta dedicação.
-Como estão às pesquisas,
vacinas, sobre o HPV e é possível a cura definitiva?
A vacina é a forma ideal de prevenção do HPV. O problema é que existem mais de 100 tipos de vírus, quando adquirimos imunidade para um tipo, pegamos outro e se instala novamente a doença. Para as mulheres a vacina praticamente será uma real prova de prevenção, porém para os homens está incipiente e a nível laboratorial. No momento, evitar muitos parceiros e o uso da camisinha representa as melhores formas de prevenção do HPV, que no momento não tem cura definitiva. Eu há 10 anos uso o laser associado a uma substância de uso local que aumenta a resistência dos pacientes ao vírus.
A vacina é a forma ideal de prevenção do HPV. O problema é que existem mais de 100 tipos de vírus, quando adquirimos imunidade para um tipo, pegamos outro e se instala novamente a doença. Para as mulheres a vacina praticamente será uma real prova de prevenção, porém para os homens está incipiente e a nível laboratorial. No momento, evitar muitos parceiros e o uso da camisinha representa as melhores formas de prevenção do HPV, que no momento não tem cura definitiva. Eu há 10 anos uso o laser associado a uma substância de uso local que aumenta a resistência dos pacientes ao vírus.
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